terça-feira, 5 de agosto de 2014

PARA MEDITAR- CURTAS SOBRE A MÁ FORMAÇÃO DE JOGADORES DE FUTEBOL EM PORTUGAL

Curtas sobre a má formação de Jogadores de futebol em portugal

Clubes grandes com  várias equipas  em todos os escalões, em que  os especialistas em scouting andam quem nem vampiros atrás de qualquer miúdo acabado de sair da maternidade

Grandes academias que têm  várias  equipas em contexto de competição, com  miúdos de pouca ou nenhuma capacidade para estarem inseridos em contextos competitivos. Estas equipas  apenas existem  como suporte de empresas com parcerias a clubes, enquanto que na mesma região existem clubes que praticamente não têm atletas para as suas equipas de competição

Grandes clubes colocam demasiada ênfase na  vitória, como grande atributo para uma formação de excelência, quando na ninha opinião deveria estar na superação, sobre a competitividade dos campeonatos, a verdadeira fomentação de jogadores competitivos.

Grandes clubes deveriam ser os primeiros a perceber que os seus jogadores evoluem menos, quando terminam os campeonatos com quase 200 golos marcados e 0 derrotas.
O que aprendem esses miúdos comeste tipo de competição, e competitividade?

A derrota deveria fazer parte de um processo evolutivo. Chega-se ao ridículo de um miúdo que entre para os Benjamins do SLB, e termine o seu percurso no escalão de Júnior, que nestes 8/ 10 anos de «formação»  não tenha sido derrotado em 10 jogos!!

Dirão alguns que os clubes pequenos não têm treinadores de qualidade?
Em alguns casos sim. Mas refiro também que eles existem nas estruturas dos grandes clubes, alguns deles com grandes problemas pedagógicos.

O que fazer?

Urgentemente:

Limitar o número nas equipas  de competição ( no máximo 2): equipa A e equipa B. Esta limitação obrigaria  todos os clubes a serem muito mais selectivos e criteriosos no scouting

As associações de futebol organizarem torneios para equipas e atletas não federados.

Treinadores que não tenham exercido a profissão nas duas ultimas épocas, seriam obrigados a realizar cursos de reciclagem  para continuarem com o nível de treinador que anteriormente possuíam.

Os clubes serem obrigados a validar duas revalidações de inscrições por cada transferência a realizar.

O custo das revalidações tem que ser muito mais vantajoso para os clubes que o das transferências.

Existir por parte dos clubes a consciência que, muitos miúdos estão neste momento sem clube porque os custo dos escalões de  formação são suportados pelos Encarregados de educação, em alguns casos com mensalidades caríssimas.

Elaboração de um projecto de formação por parte da FPF  para todo o futebol de formação, com especial incidência nos escalões mais novos. Imitar os bons exemplos como o da Holanda.

Redução do preço dos cursos de treinadores. Estamos num país em que, o custo para se ter a licença de treinador de futebol, por comparação com licenciaturas e mestrados em desporto, é absolutamente obsceno. Como sabem, para se trabalhar mesmo no distrital,  na maioria dos casos sem remuneração, é requisito necessário o primeiro nível. Estes custos impossibilitam muitos interessados de se candidatar.

Uma maior valorização do futebol de bairro dando condições para os miúdos terem contextos competitivos de grande exigência psico-motora, Estar 4/5 h por dia em contacto com a redondinha é a melhor formação que podemos fomentar nos nossos jovens.

Fonte: Artigo publicado no blog Posse de Bola
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