O técnico Sérgio Boris e o diretor desportivo, André Dias |
Na conferência de Imprensa que se efetuou após o jogo, Cova da Piedade,1 - 1, Leixões, a contar para a 2 ª Liga, realizado no passado domingo no Caixa Futebol Campus, e que na nossa última crónica sobre o jogo, inserimos também os depoimentos de Sérgio Boris, treinador do Cova da Piedade e Filipe Coelho treinado do Leixões.
Reservamos para este número e na integra a conferência de imprensa de Sérgio Boris, a sua analise ao jogo e também sobre o momento que o Clube está a viver, nesta primeira passagem pelo Futebol Profissional e as ambições para o futuro
Sobre a partida o técnico começou por dizer:
-"A primeira parte, resumiu-se a isso muito equilibrada, acabamos por chegar à vantagem,num excelente golo,tivemos mais duas situações para o fazer, não o fizemos e acabamos por ir para o intervalo com um resultado, justo graças ao excelente golo do Ricardo Barros.
Na segunda parte jogo equilibrado até aos 70 minutos,o Leixões com mais posse de bola, uma posse infrutica, uma posse de bola que raramente conseguiu entrar no nosso ultimo terço, uma posse de bola que se resumiu a rematar de grande distância, porque na verdade não conseguiu entrar em zona de finalização, junto à nossa baliza,o domínio de posse em termos de posse de bola, foi-se acentuando pela parte do adversário, era a sua responsabilidade, estava a perder, a nossa era segurar a vantagem que justamente tínhamos conseguido, e tentar sair em transição e nesse capitulo,não o conseguimos, fazer como queríamos.
Depois referiu que - " no computo geral com um adversário que teve mais posse de bola, uma pergunta que deixo é quantas oportunidades de golo o Leixões teve no jogo, a não ser em remates de meia distância ou em bolas paradas, que me lembre nenhuma.
Portanto muita posse, jogar como nunca e perder sempre, nunca será o perfil de uma equipa minha, contente com a exibição da equipa e contente com os jogadores".
O treinador Sérgio Boris, foi confrontado com as palavras do treinador do Leixões, ao dizer na conferência de imprensa que o resultado foi extremamente injusto e que Pedro Alves foi o melhor jogador em campo.
- Quer comentar?
-" As opiniões discutem-se, estamos num pais de liberdade de expressão e que tudo é permitido, e quando num jogo destes não termos o discernimento de perceber o que aconteceu, foi uma equipa com mais posse de bola,posse de bola que a outra,mas que não criou oportunidades de golo e essas foi em remates de meia distância ou em bola parada, a partir daqui o adversário fica com a sua opinião e nós com a nossa,uma equipa que teve muita posse, muita posse e os três pontos foram para o Cova da Piedade e que no jogo da segunda volta se repita o perfil, muita posse de bola, muita posse de bola e que os três pontos venham para a Cova da Piedade".
Mais adiante disse:
-" Eu, próprio e pela minha forma de estar na vida, não tenho por hábito justificar o quer que seja, com terceiros, não justifico porque o árbitro foi mau,não justifico por outros terem melhores ORÇAMENTOS, se o fizesse tinha feito todos os dias,nas minhas últimas quatro épocas, a minha forma de estar não se coaduna a justificar insucessos, com o árbitro, com o fiscal de linha ou com o relvado ou com o argumento que o adversário tem mais orçamento e mais dinheiro. a minha forma de estar é mais transparente,eu semana a semana, jogo a jogo, acredito no trabalho que temos que fazer e foco - me naquilo que eu domino, são as relações com os meus jogadores,o comportamento da minha equipa e hoje muito satisfeito por termos conquistados os 3 pontos e à 2 ª jornada termos quatro pontos".
Uma outra pergunta foi feita e diz respeito ao futuro, Sérgio Boris a dizer:
-" Quanto ao futuro vamos ver, semana a semana, jogo a jogo,pensando em um de cada vez e o objetivo deste clube é garantir a manutenção de uma forma tranquila,jogando cinco jogos fora seguidos e nunca me ouviram dizer nada,jogando aqui na Caixa Futebol Campus, duas vezes como Leixões em campo neutro,sem nunca termos treinado aqui e nunca me ouviram dizer nada. Portanto quem se agarra muito a justificar insucessos com terceiros, por norma acontece-lhe o que aconteceu hoje".
Mais dois jogos fora, como vai abordar esses jogos?
-"Um de cada vez, vamos a Braga na próxima jornada,um jogo de grau de dificuldade elevada, jogar fora de casa é um hábito, nesse inicio de campeonato, a única diferença é que vamos fazer muitos quilómetros, mas sabendo também que temos um grupo de jogadores em que confiámos,um grupo de jogadores que caminhará certamente juntos e com uma grande cumplicidade,para que no final,volto a repetir. garantir a manutenção de uma forma tranquila, seja um dado adquirido deste clube,porque seria certamente fantástico, diria mesmo algo HISTÓRICO".
Desporto Almada,questionou o técnico Sérgio Boris, sobre o domínio, exercido pelo Leixões, se esse domínio foi em parte consentido pela equipa do Cova da Piedade, ao que o técnico respondeu:
-" Eu, sendo equilibrado e não fugindo aos meus princípios de vida que tenho, acho que foi mérito do adversário, se eu chegasse aqui agora e dizer, foi porque nós deixamos, era justificar de uma forma fácil, mas não me custa nada reconhecer, ainda na jornada anterior com o Benfica, não me caiu nada em reconhecer que o Benfica foi melhor equipa na última meia hora, eu levo isto de uma forma real e não fui pior pessoa. Agora custa-me um bocadinho olhar para o lado e tudo aquilo que acontece à minha volta é ver retirar a qualidade que nós fizemos e tentar justificar com tudo e mais alguma coisa, aquilo que são as nossas virtudes e isso por vezes custa-me e fico revoltado".
Em relação à nossa pergunta e de forma direta o técnico Sérgio Boris disse:
-" Houve uma superioridade do adversário em termos de posse de bola,porque nós também nos sentimos reconfortáveis sem a bola, a nossa organização defensiva,mas também porque o adversário teve essa capacidade, exerceu essa pressão o que fez com que nós não tivéssemos a capacidade de sair, aí sim,acho que existiu mérito do adversário, a sua posse de bola foi uma posse que nós fomos permitindo e soubemos gerir,porque nos sentíamos confortáveis, nesses momentos de jogo.
O adversário teve realmente uma superioridade e uma capacidade de nos retirar algo,foi quando nós não conseguimos sair, ai sim fruto da qualidade do adversário, fruto do trabalho que fez, fruto do bom jogo que fez".
Uma outra pergunta feita por um nosso colega. e que teve a haver com o fato de muito público afeto ao clube ter estado nas bancadas do Caixa Futebol Campus. O técnico do Cova da Piedade respondeu assim:
-" Quem diria há um ano atrás,nas nossas deslocações,tínhamos cerca de 40 pessoas a ver os nossos jogos, significa que o clube está a crescer e como diz o slogan desta direção "Cova da Piedade em movimento" o clube está a crescer,o clube está em movimento, a cidade de Almada começa a aproximar-se do clube o que acho fantástico e acima de tudo, acho que é o reconhecimento do trabalho de uma estrutura que tem feito pelo Cova da Piedade e pela cidade de Almada,algo fantástico e volto a referir uma estrutura que é a sua cara maus visível, uma estrutura muito grande que trabalha diariamente para que o Cova da Piedade hoje com justiça ter batido um histórico como o Leixões"
Aqui fica um depoimento lúcido de um homem, que decerto fica na história do Clube Desportivo da Cova da Piedade, e que já conheceu momentos desportivos menos positivos, mas que soube reagir a essas adversidades e hoje é o treinador de todos os piedenses.
Boa entrevista...é o retrato do mister Sergio Boris!!!!
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