terça-feira, 24 de junho de 2014

TORNEIO LOPES DA SILVA - AS HISTÓRIAS DOS PROTAGONISTAS

Tal pai, tal filho?

A genética não garante que os descendentes de grandes futebolistas herdem o talento dos pais, mas há três jovens Sub-14 que prometem mostrar que sim, na XX Edição do Torneio Lopes da Silva.
Afonso Sousa, número 7 da AF Porto, é filho de Ricardo Sousa e neto do António Sousa que brilhou na Seleção Nacional e no FC Porto, na década de oitenta. Diogo Carvalha, central da AF Setúbal, é filho ex-jogador do Sporting Litos. E Rodrigo, extremo da AF Aveiro, é filho do internacional português Sérgio Conceição.

Não sei se herdei o jeito do meu pai ou do meu avô, mas sei que quero chegar ao nível deles. E ninguém anda comigo ao colo por ter o nome Sousa”, afirma Afonso, de olhos bem abertos, para acentuar o tom dramático com que fala: “Estive nas escolinhas do FC Porto, fui dispensado e só não desisti porque a minha mãe me motivou todos os dias. Voltei agora ao clube porque dei o litro”.

Para o jovem Afonso, “não há milagres nem genes que influenciem no futebol”: Para sobressair, “é preciso trabalhar muito e ser humilde”. É o que lhe diz o avô e o seu sonho é ser como ele, “campeão da Europa” e “vencedor de várias Taças”. Também admira o pai e quer “ter os pés do Deco”, mas por enquanto quer mostrar-se no Torneio Lopes da Silva:
Estão aqui os Treinadores das Seleções Nacionais e não vou mentir: o meu objetivo é ser chamado à Seleção Sub-15 no final do ano. Se fico nervoso por saber que estou a ser observado? Não”.


Diogo Carvalha é o mais reservado deste trio de jovens. Também é o melhor aluno dos três. E, após uma longa conversa com o fpf.pt, confessa que se sente “pressionado” quando as pessoas o confrontam com os feitos do pai. “Porque dizem sempre a mesma coisa: ‘ai, o teu pai era um prodígio na tua idade; ai, era ele e o Futre. Ai, ele era único. Ai, vais ter muito que andar’”.

Para evitar comparações, escolheu cedo o que queria fazer em campo: “defender, cortar, recuperar”. Joga no eixo da defesa na seleção da AF Setúbal, mas é trinco no clube Leão Altivo. Passar para os leões de Alvalade seria “um sonho, nunca uma obsessão”. “Gosto tanto do futebol como dos livros. A minha mãe é diretora da minha escola [E.B. Carlos Cagaré] e cedo me fez ver que a formação é muito importante na vida. Tive oito cincos este ano e quero tirar um curso superior, seja ou não futebolista”.


Para Rodrigo, extremo da seleção da AF Aveiro e filho de Sérgio Conceição, o futebol sempre foi encarado “como uma diversão”, até porque jogou em vários clubes, consequência da carreira internacional do pai, primeiro como jogador e depois como treinador. “Ele nunca me exigiu que fosse jogador, eu é que quero. Agora estou no Anadia, amanhã posso ir para o Minho. Logo se verá”.

Fonte e Texto: FPF e AFS

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