É a garantia de qualidade no âmbito da formação de futebolistas e a nossa região apresenta-se com dois emblemas numa lista de 31.
Dirigentes reconhecem que é estatuto de grande importância. A Associação de Futebol de Setúbal deseja ver alargada a certificação e está disponível para ajudar os clubes filiados que pretendam avançar com candidaturas junto da Federação Portuguesa de Futebol.
Vitória Futebol Clube e Clube Desportivo Cova da Piedade são os dois primeiros clubes do universo AF Setúbal que figuram na segunda e mais recente lista de Entidades Formadoras Certificadas pela Federação Portuguesa de Futebol.
Ao todo, são 31 emblemas (CONSULTE AQUI A LISTAGEM) que têm garantida a capacidade, num reconhecimento oficial da FPF, de celebrar Contratos de Formação Desportiva com os seus jogadores em idades compreendidas entre os 14 e os 18 anos.
Depois de em 2016 o primeiro processo de avaliação federativo ter aprovado uma dezena de clubes, desta vez são 31 os clubes e sociedades desportivas que participam nas competições profissionais, além de outros clubes do futebol não profissional, que ganham a certificação.
O processo de Certificação de Entidades Formadoras, que arrancou em 2015, está ancorado, do ponto de vista legal, na Lei 28/98 de 26 de Junho, e veio permitir à FPF cobrir um vazio legal e proteger os clubes no que à validade dos contratos de formação desportiva diz respeito.
Cova da Piedade assume “grande orgulho pela distinção”
Para o presidente da Direção do CD Cova da Piedade a certificação federativa é assumida como “um grande orgulho” e é “o resultado de um grande trabalho de excelência, que decorre da dedicação e profissionalismo de todos quantos estão ligados ao clube”.
Paulo Veiga entende que esta distinção, que vem conferir “maiores responsabilidades” ao emblema piedense, “reforça o compromisso de um crescimento contínuo e que deve motivar todas as pessoas que trabalham no seio do Cova da Piedade”.
Instado a avaliar a importância deste novo estatuto, o dirigente piedense não hesita: “Não temos dúvidas de que que os nossos atletas vão ser melhor formados. Temos as condições exigidas e uma grande estrutura que sustenta o fato de sermos um clube formador de excelência”.
Vitória elogia distinção “essencial ao projeto” do clube
“A certificação como entidade formadora por parte da Federação Portuguesa de Futebol é essencial ao projeto do Vitória FC para a sua formação. Sem ela não poderíamos, por exemplo, celebrar contratos de formação com jovens jogadores”, registou Fernando Oliveira, presidente da Direção do Vitória Futebol Clube.
O dirigente vitoriano explica que “o Vitória FC foi certificado com reservas devido a algumas questões relacionadas com as infraestruturas, mas estamos a trabalhar arduamente para resolvê-las, de modo a que em breve possamos obter a certificação plena”.
Para Fernando Oliveira, “a formação sempre foi uma aposta estratégica clara do Vitória FC”.
“Tanto assim é que no atual plantel profissional de futebol, composto por 29 jogadores, quatro são produto da nossa formação – o guarda-redes Miguel Lázaro, o defesa Bernardo Morgado e os médios André Sousa e André Pedrosa –, havendo outros que foram emprestados para rodarem e regressarem ao clube já com outra experiência em competição”.
“Podemos, assim, orgulhar-nos por a formação ocupar um lugar de destaque na hierarquia das prioridades do Vitória FC, que procura integrar todos os anos alguns ex-juniores na equipa profissional”, assume o presidente vitoriano.
Fernando Oliveira não deixou de realçar a capacidade do clube em ‘exportar’ futebolistas. “Não devemos esquecer outros jogadores igualmente formados no clube e que se afirmaram na equipa profissional antes de se transferirem, como Frederico Venâncio (Sheffield Wednesday), Rúben Vezo (Valência), André Horta (Benfica) e Ricardo Horta (Málaga)”.
O dirigente vitoriano remata com um cenário de eleição: “O facto de termos presença regular de jogadores nas seleções nacionais de jovens e de atualmente existirem 15 jogadores das camadas jovens com contratos de formação, todos assinados este ano, é ainda outro dado que prova a aposta do Vitória FC na formação”.
Presidente da AF Setúbal deseja mais clubes certificados
“O fato da AF Setúbal ver certificados os primeiros dois clubes filiados é um motivo de grande satisfação e que saudamos com particular entusiasmo. Este é um momento de importância acrescida para o futebol de formação do nosso distrito”, começou por expressar Francisco Cardoso, presidente da Direção da AF Setúbal, Francisco Cardoso
Contudo, o líder associativo quer mais. “O FC Barreirense está igualmente no lote dos clubes que a breve prazo, confiamos, garantirá a sua certificação, assim como muitos outros que desejamos possam vir a ser avaliados com nota positiva, de forma a fazer da nossa região um sinónimo alargado de qualidade reconhecida no que à formação de atletas diz respeito”.
Nesse sentido, Francisco Cardoso lembra que a AF Setúbal terá sempre as portas abertas para contribuir para os clubes que entendam lançar as suas candidaturas.
“Estamos, naturalmente, disponíveis para apoiar os nossos clubes que necessitem de aprofundar com maior detalhe sobre as condições exigidas no âmbito deste processo”, afirmou o presidente da AF Setúbal.
Critérios para a eleição
A certificação das entidades formadoras pela FPF assenta no cumprimento de critérios e vários sub-critérios, os quais estão, detalhadamente, definidos no REGULAMENTO DE CERTIFICAÇÃO DE ENTIDADES FORMADORAS.
Em todos estes critérios existem condições mínimas a cumprir pelas Entidades Formadoras dos Clubes, com exigências diferenciadas para Clubes da 1ª Liga, da 2ª Liga e do Futebol Não Profissional.
O processo parte de uma autoavaliação feita pelas próprias Entidades Formadoras, à qual se seguem vistas técnicas de verificação por equipas especializadas da FPF. O resultado final do processo de certificação, depois da elaboração de relatórios de avaliação e da audiência de interessados, é decidido pela Comissão de Certificação e aprovado pela Direção da FPF.
A Certificação de Entidades Formadoras constitui um instrumento muito importante no processo de desenvolvimento do jogador Português e um reforço qualitativo do trabalho desenvolvido pelos clubes.
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