quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

LUÍS FIGO ANUNCIOU ESTA QUARTA FEIRA A SUA CANDIDATURA À PRESIDENCIA DA"FIFA"


O antigo futebolista internacional português Luís Figo anunciou esta quarta-feira a sua candidatura à presidência da FIFA, justificando a decisão na vontade de mudar o que
entende ser a má imagem do organismo

"Preocupo-me com o futebol e não gosto do que vejo em relação à imagem da FIFA, não apenas agora, mas nos últimos anos", começou por dizer Figo, de 42 anos, numa entrevista à cadeia televisiva CNN, em que revelou a entrada na corrida às eleições de 29 de maio. Luís Figo revelou ter tomado a decisão de concorrer à presidência do organismo quando se soube da investigação à atribuição dos Mundiais de futebol à Rússia (2018) e ao Qatar (2022) e ao que aconteceu posteriormente.

"Depois desse momento e do relatório [de Michael Garcia, da Comissão de Ética do organismo] que não foi publicado, foi o momento em que decidi que algo tinha que ser feito", justificou o antigo jogador, aludindo às fortes suspeitas de corrupção no processo. Figo não compreende porque não foram divulgadas as conclusõees na sua totalidade: "Se és transparente e pedes uma invesitgação, um relatório, do qual não há nada a esconder, por que não se torna público esse relatório? Se não tens nada a escoder, tens de o publicar", sublinhou. Na sua opinião, publicar o relatório "era a coisa mais fácil de fazer se toda a gente duvida do que aconteceu".

 Declaração no site da Federação "Devo ao futebol o que sou e sinto que chegou a hora de retribuir tudo o que recebi, ao longo de tantos e tantos anos. Decidi candidatar-me a presidente da FIFA, foi uma decisão ponderada, assente na vontade de mudança, numa visão reformadora e na necessidade de dar mais transparência a uma instituição que vai perdendo credibilidade e a sua capacidade mobilizadora", afirmou Figo numa declaração em vídeo publicada no  sítio da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) na Internet "Quero agradecer à FPF, na pessoa de Fernando Gomes, o facto de me apoiar e ser a federação proponente desta candidatura. Somos um país que deu a conhecer novos mundos ao mundo, somos um país de futebol, somos um país com cinco bolas de ouro, devemos ser também, por isso, um país e uma federação ativa e empenhada na mudança, podem contar comigo", prosseguiu. "Algo terá de mudar" O mais internacional dos futebolistas portugueses (127 jogos) lembrou ainda a reação dos adeptos no Mundial 2014 do Brasil, onde esteve, com a imagem do organismo a ser abalada e disse que "algo terá que mudar: na liderança, na governabilidade, na transparência". 

Fonte: CManhã

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