SOBRE O AUMENTO DO VALOR DA RENDA DA SEDE DA INCRÍVEL NOTA DE ESCLARECIMENTO DA INCRIVEL ALMADENSE
Primando pela transparência, vem a Incrível Almadense esclarecer os almadenses sobre o assunto-motivo desta nota de esclarecimento, para que a comunidade conheça os factos e, deste modo, se evitem especulações ou interpretações erróneas sobre o assunto.
Desde 1910 que a Incrível Almadense se sedia na Rua Capitão Leitão n.º 3, em edifício arrendado, que é composto pelo n.º 3-A (onde funciona o restaurante Fonte da Pipa); n.º 3-B (entrada do pavilhão gimnodesportivo); 1.º andar (onde funciona secretaria, sala de reuniões euma parte da sede social) e 2.º andar esquerdo (onde funciona sala de ensaios de coro e cavaquinhos e gabinetes da direcção).
Pelo arrendado e até Julho de 2018 a colectividade pagava uma renda de 13,46€. Cumpre-nos esclarecer que este valor foi acordado entre o antigo senhorio e a colectividade mercê da sua benemerência e sob a condição da Incrível Almadense fazer todas as obras de conservação e beneficiação do edifício. Assim, desde 1910 até à presente data, TODAS as obras realizadas (e foram avultadas) no edifício foram suportadas pela colectividade e com o acordo do anterior
proprietário.
Contudo, o anterior proprietário respondia sempre: “não se preocupem com isso. Vender é complicado porque são muitos herdeiros. Vocês fiquem descansados que não há problema nenhum. Vocês façam lá as obras que entenderem e não se preocupem. Eu nem me lembro daquilo e nem vos aumento a renda”. Tal afirmação foi feita a várias Direcções e podem ser confirmadas pelos dirigentes que
por elas passaram. Desta forma, cremos ter esclarecido o porquê do baixo valor da renda, pese embora reconheçamos que seria um valor obrigatoriamente a actualizar por ser completamente desajustado da realidade.
Falecido o antigo proprietário, os herdeiros do mesmo, no seu pleno direito legal, que de modo nenhum contestamos ou colocamos em causa, procederam à actualização extraordinária de rendas, a partir de Agosto de 2018. Até ser fixado o valor actual, ainda se agendaram reuniões com os actuais senhorios, pois relativamente ao 1.º andar e ao r/c 3-B há divergência e discordância de áreas em virtude dos senhorios considerarem ser sua uma área com cerca de 70m2 e que a Incrível considera ser de sua propriedade, estando a fazer-se um levantamento de documentação com vista à comprovação de que aquela área nos pertence, o que influencia, consequentemente, o valor das rendas ora fixado em 1367,45€.
Sendo incomportável o pagamento desta renda mensal, a Incrível Almadense tentou chegar a acordo com os actuais senhorios no sentido de entregar o 2.º andar esquerdo e pagar um valor mais reduzido pelos restantes espaços e comportável financeiramente para a colectividade – 600€ - responsabilizando-se, ainda, por realizar todas as obras que fossem necessárias, como o tem feito até à presente data. Contudo, não se chegou a acordo nesse sentido.
Assim sendo, não resta à Incrível Almadense outra solução senão a de encontrar meios de reduzir a despesa, passando, para já, pela entrega do 2.º Esq. Ao senhorio e criar condições para rentabilizar outros espaços de sua propriedade, nomeadamente o Salão de Festas e o pavilhão gimnodesportivo. É neste sentido que apelamos ao apoio autárquico. Ao contrário do que se tem comentado nas redes sociais, o nosso pedido de apoio não se prende com o pagamento de rendas, nem isso faria qualquer sentido, pois os apoios da autarquia não se destinam ao pagamento de despesas correntes mas sim ao desenvolvimento de actividades e criação de condições estruturais para aquele mesmo desenvolvimento.
Como é do conhecimento de muitos, o Salão de Festas da Incrível Almadense,sala emblemática, precisa de intervenção urgente para dirimir as deficiências graves que apresenta, de forma a poder ser rentabilizado e, desta forma, gerar receitas que cubram despesas, para além de constituir uma oferta de uma sala única para eventos do concelho e, inclusivamente, estabelecendo parcerias de uso com a autarquia.
Por outro lado, e face a vários comentários que têm surgido sobre “dinheiros” dos anos 80, esclareça-se que face à recusa do antigo proprietário em vender o edifício, a Incrível Almadense não esbanjou o dinheiro ou o gastou em “coisinhas”, como já lemos. Uma vez que a Incrível estava dotada de verba para comprar o edifício, face à recusa de venda, investiu na aquisição de outro imóvel, a saber o n.º 9 da Rua Capitão Leitão, onde funciona a Banda Filarmónica. E, tendo este edifício uma parcela vasta de terreno, aí construiu o seu pavilhão gimnodesportivo, inaugurado em 2/11/1985.
Contrariando a ideia de que é feita má gestão da colectividade, relembramos que a Incrível Almadense é uma colectividade sem fins lucrativos e com estatuto de utilidade pública. Não é uma empresa e o seu objecto não é a criação de riqueza e obtenção de lucro, embora, infelizmente, em termos legais seja tratada como se de uma empresa se tratasse.
O movimento associativo revela-se um complemento e, muitas vezes, um substituto do Estado no que concerne a deveres plasmados na própria Constituição da República Portuguesa. Ao Estado, de entre outras obrigações, compete cumprir, designadamente, o firmado no n.º 3 do art.º 73 da Constituição. Prendem-se esses deveres com as áreas social, de ensino, de cultura e desporto. As actividades que as colectividades desenvolvem são em prol da comunidade e de fácil acesso à mesma.
Vincamos o forte papel de intervenção social.
Associações/Colectividades são, frequentemente, centros de dia de idosos (no nosso caso, cerca de 60 idosos passam a tarde na nossa sede social), onde os mesmos convivem, se entreajudam e têm um envelhecimento activo. São, ainda, coadjuvantes na educação e formação de crianças e jovens através das várias actividades que desenvolvem, tal como são agentes de sensibilização cívica. Pelo importante papel que representam na sociedade é fundamental e premente serem respeitadas e apoiadas pois, afinal de contas, são prestadoras de serviços ao Estado.
Notámos a estranheza de algumas pessoas pelo facto da Incrível Almadense não ter 1367,45€ mensais para satisfazer o pagamento das rendas. Talvez se dermos alguns exemplos percebam o porquê: só do 1.º andar, onde funciona a sede social, pagamos 500€ mensais de electricidade; só em seguros dos edifícios, pagamos 2.000€ anuais; um instrumento musical pode custar até 5.000€; a reparação de uma flauta custou-nos, por exemplo, 344€; uma farda
da banda, completa, custa 150€; uma lâmpada para um projector de palco (que se fundem facilmente) custa 25€.
Perguntarão alguns: E as receitas? Pois não esqueçamos os fins das colectividades – sem fins lucrativos e de utilidade pública. Por isso acolhemos o Programa alma Sénior, por exemplo, que funciona no pavilhão gimnodesportivo dois dias por semana e tem um retorno de 1.200€ anuais. Temos uma escola de música que funciona num modelo de “mini-conservatório” em que os alunos pagam 25€ mensais. Temos um coro, um grupo de cavaquinhos e um grupo de teatro em que não há pagamento de mensalidades. E, juntando a isso, as nossas actividades têm uma forte intervenção social: a nossa escola de música, apoiada pela União de Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas implementou o projecto musical “Borboleta” na escola básica Rogério Ribeiro, levando a música e o seu ensino a um meio de crianças desfavorecidas que, de outro modo, não teriam a possibilidade deste contacto com a música, comprovadamente tão importante no seu desenvolvimento.
Os nossos grupos de cavaquinhos, teatro e coro deslocam-se a lares, escolas e centros de acolhimento levando cultura a quem também a ela tem direito mas que, por força das circunstâncias ou impossibilidade não a usufruem nos equipamentos culturais da cidade. E outros mais exemplos
poderiam ser dados.
da banda, completa, custa 150€; uma lâmpada para um projector de palco (que se fundem facilmente) custa 25€.
Perguntarão alguns: E as receitas? Pois não esqueçamos os fins das colectividades – sem fins lucrativos e de utilidade pública. Por isso acolhemos o Programa alma Sénior, por exemplo, que funciona no pavilhão gimnodesportivo dois dias por semana e tem um retorno de 1.200€ anuais. Temos uma escola de música que funciona num modelo de “mini-conservatório” em que os alunos pagam 25€ mensais. Temos um coro, um grupo de cavaquinhos e um grupo de teatro em que não há pagamento de mensalidades. E, juntando a isso, as nossas actividades têm uma forte intervenção social: a nossa escola de música, apoiada pela União de Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas implementou o projecto musical “Borboleta” na escola básica Rogério Ribeiro, levando a música e o seu ensino a um meio de crianças desfavorecidas que, de outro modo, não teriam a possibilidade deste contacto com a música, comprovadamente tão importante no seu desenvolvimento.
Os nossos grupos de cavaquinhos, teatro e coro deslocam-se a lares, escolas e centros de acolhimento levando cultura a quem também a ela tem direito mas que, por força das circunstâncias ou impossibilidade não a usufruem nos equipamentos culturais da cidade. E outros mais exemplos
poderiam ser dados.
Portanto, para quem desconhecia esta realidade, esperamos ter esclarecido.
A Incrível tem as portas abertas à comunidade.
Venham conhecer o nosso trabalho e esclarecer dúvidas que tenham.
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